Iniciar na Psicologia Clínica ainda é um Desafio

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A prática clínica, como já foi mencionado em posts anteriores da mesma temática, envolve diversas habilidades para além do setting terapêutico. Para relembrar, você pode acessar os textos:

Entretanto, ainda há muito que se falar a respeito disso, principalmente para iniciantes na carreira clínica. A faculdade não dá uma formação tão completa. São muitos assuntos, matérias e informações que funcionam muito bem como um panorama geral da psicologia. Está longe de ser o recurso final para enfrentarmos o mercado de trabalho com excelência. Mas é o pontapé inicial, obviamente.

Capa do E-book

É natural que pessoas recém-formadas ou até mesmo aquelas que já se graduaram há um tempo, mas ainda não ingressaram na psicologia clínica, tenham dúvidas. Eu também tive e aprendo coisas novas até hoje. Pensando nisso, espero que este novo post possa te ajudar e também te convido para conhecer o e-book* que lancei juntamente com a Stephanie Marques, no intuito de auxiliar essas pessoas. Ali relato minha experiência no desenvolvimento da carreira e, com a ajuda de uma estudante de psicologia que se encontra prestes a iniciar na área clínica, trazemos informações relevantes para empreender nesse campo, sanando as dúvidas mais comuns e indicando possibilidades de atuação.

Pois bem, assim que você obter o diploma de Psicóloga/o, pode dar entrada no registro profissional. Ele garantirá que você possa exercer a profissão dentro da regularidade. Todas as atividades desempenhadas por psis, em qualquer área de atuação dentro da Psicologia, exige inscrição no CRP (Conselho Regional de Psicologia). Na dúvida, entre em contato com o conselho da sua região e tire as dúvidas sobre a atividade que você deseja exercer. 

Lei nº 5.766/1971: Art. 10. Todo profissional de Psicologia, para exercício da profissão, deverá inscrever-se no Conselho Regional de sua área de ação.

Se você escolheu pela área clínica, fazer uma pós-graduação (ou aquelas formações específicas para determinada abordagem, mas que não possuem o registro de especialização) é uma excelente opção. É bem provável que assim você consiga aprofundar conhecimentos na abordagem escolhida, trocar experiências com pessoas que estão no mesmo momento que você e também com os mais experientes, além de adquirir e aprimorar habilidades, pois a maioria dos cursos prevê uma etapa prática e supervisionada (esse é o momento de ouro, que mais deve ser aproveitado).

Já os cursos de aperfeiçoamento são bem-vindos em todos os momentos da nossa prática profissional. Não substituem uma pós-graduação ou uma formação mais completa, mas com certeza são muito úteis para suprir uma demanda específica ou estratégias direcionadas a determinados aspectos que porventura você ainda não tenha conhecimento ou experiência. Se você tiver condições, opte por uma boa pós/formação e posteriormente continue se aperfeiçoando com os cursos de menor duração. Mas se ainda não for uma opção viável, estes cursos supririam algumas necessidades importantes também. Se possível, escolha cursos que tenham foco na prática – além dos aspectos teóricos, pois este é o repertório que precisamos adquirir com as pessoas mais experientes. A teoria, muitas vezes, pode ser estudada de forma autônoma.

O importante, portanto, é identificar seus objetivos e, a partir daí, compreender as possibilidades e o que é viável ou não realizar. Você não precisa fazer tudo de uma vez e nem fazer todas essas coisas. Tudo vai depender do que você almeja, do que vai suprir melhor suas necessidades e do que agregará valor ao seu trabalho.

Agora falando um pouco mais sobre algo que nos preocupa no início da carreira… Provavelmente você já pensou em algum momento que não seria possível viver da clínica, certo? Que empreender é difícil e não é pra você… Ou até mesmo que teria que atender muitos pacientes por semana ou atender por plano de saúde para realmente ter uma boa remuneração.

Nos posts anteriores foram apresentadas brevemente algumas dicas sobre precificar o serviço e organização financeira. Ainda assim, vale relembrar que o CFP (Conselho Federal de Psicologia) disponibiliza e mantém atualizada uma tabela de referência de honorários. Você sabia? Pois é. Nessa tabela há a descrição de cada atividade exercida por psis em diversas áreas de atuação, incluindo um valor limite inferior, médio e superior para cobrança de cada serviço. Obviamente que não é uma obrigação seguir essa tabela (e muitas vezes não é viável, a depender de diversos fatores), mas não deixa de ser um direcionamento – uma referência – para que possamos atribuir um valor justo aos nossos serviços.

Diante dessas novas dicas, diz aí, você também concorda que iniciar na Psicologia Clínica ainda é um desafio? Esperamos que o post tenha ajudado mais uma vez e fique à vontade para sugerir novos temas que possam contribuir para a nossa carreira.

Este texto foi escrito em colaboração com a Stephanie Marques, estudante do 10º semestre de Psicologia.

*Acesse o link, vá em “detalhes do produto” e confira todos os conteúdos que incluímos com muito carinho para te ajudar a trilhar seu caminho na psicologia clínica.

Escrito por:

Jéssica Barbosa

Coordenadora da Clínica-Escola, Psicóloga clínica e Professora no IBAC. Mestra em Ciências do Comportamento (Universidade de Brasília)

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