As férias podem ser ‘temidas’ por algumas pessoas que trabalham de forma autônoma e para nós, psis, não seria muito diferente. Se a gente não atende nossos clientes, a gente não recebe também, não é mesmo? Então se não for feito um bom planejamento de cronograma e financeiro, o que poderia ser o momento mais esperado do ano pode se tornar o mais assustador.
Há inúmeras possibilidades de programar as férias e aqui constam algumas dicas que talvez você possa aproveitar, se fizer sentido na sua prática profissional.
- Em seu contrato terapêutico (ou termo de consentimento, ou qualquer outro nome que você dê para o acordo feito com o seu cliente sobre o serviço prestado), insira informações sobre as férias.
Você pode incluir previamente as datas, caso já tenha estabelecido, ou apenas descrever que haverá este recesso anual ou semestral, informando como funcionará o pagamento (ou desconto) das sessões, por exemplo.
Assim os clientes se preparam para este momento e isso pode contribuir para amenizar a ansiedade em ter um intervalo maior entre as sessões. Além disso, podem se organizar financeiramente também, considerando que, em geral, não pagam pelas sessões nas semanas em que nós tiramos férias.
- Ao se aproximar das férias, você pode estabelecer um período razoável para relembrar os clientes acerca desta ocasião.
O ideal é que não seja feito com menos de 15 dias de antecedência (dica minha, rs, não há nenhuma regra sobre isso). Dessa forma, você terá uma ou duas sessões com os clientes para ‘amarrar alguns pontos’ ou prepara-los para essa pausa.
- É comum que tenhamos outro profissional de confiança que possa atender nossos clientes, caso eles precisem de alguma sessão ou apoio emergencial no período da nossa ausência.
Neste caso, basta avisar essa pessoa e, se ela estiver disponível, você informa aos clientes sobre essa possibilidade, juntamente com o contato da pessoa. Essa é uma prática dispensável para casos mais ‘simples’ ou clientes que já estejam caminhando bem, que tenham repertórios comportamentais já refinados para experienciar este período com o menor prejuízo possível. Inclusive, pode ser terapêutico dar espaço para a autonomia do cliente também. Porém, para casos mais urgentes ou de risco, pode ser fundamental oferecer esse suporte na sua ausência.
- Sabendo o período e quantidade de dias de férias que você deseja tirar, é interessante planejar as finanças com antecedência ao longo do ano. Algumas das possibilidades são:
1. Guardar o equivalente a 1/12 do seu salário mensalmente para que, ao final de 12 meses, você tenha um valor semelhante ao que recebeu por mês durante o ano (uma média do salário). Essa é uma conta simples que funciona, partindo do pressuposto que com este valor você consiga custear seu negócio e despesas pessoais no período não trabalhado.
2. Calcular diretamente o valor que você precisaria para custear o seu negócio e as suas despesas pessoais durante as férias. Assim você terá uma ideia do quanto de dinheiro você deve guardar para tirar férias com tranquilidade e sem dívidas. Mas lembre-se, se quiser viajar e ter gastos extras, também é um dinheiro que precisa ser planejado e pode entrar nesta conta para que você se organize e desfrute melhor do seu recesso.
OBS: Já falamos em outro post sobre separar as despesas pessoais das despesas do seu negócio. Então o valor a ser guardado para as férias deve vir nas despesas da empresa. A depender do lucro no mês você poderá guardar mais ou menos dinheiro e assim ir manejando a sua reserva financeira.
Agora sim, “partiu” férias com tranquilidade!
O que achou das dicas? Caso queira compartilhar a maneira que você tem se planejado para este momento, fique à vontade e vamos auxiliar outras/os psis que ainda não pensaram sobre isso.
